CNI quer acelerar compensação de crédito tributário
BRASÍLIA A Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer compensar crédito tributário de exportação com o abatimento de dívidas previdenciárias. E pede novas ações do governo a fim de acelerar a devolução de cerca de R$ 16 bilhões em crédito tributário estocado, já que, segundo a entidade, as regras atuais beneficiam menos de uma dezena de empresas.
Segundo Robson Andrade, novo presidente da CNI, há discussões com o governo e propostas para votação pelos ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) na pauta de dezembro.
Ele reclama do calvário de exigências da Receita Federal, a partir de regras baixadas em junho deste ano, para que as exportadoras tenham de volta crédito obtido com impostos pagos sobre produtos para exportação.
Além de melhorar para o exportador, Andrade diz que vai trabalhar para o cumprimento de promessa de campanha da presidente eleita Dilma Rousseff, no sentido de desonerar o investimento. Cerca de 30% do que é investido é imposto, que só será recuperado até cinco anos depois, queixou-se ele.
Sobre a questão do elevado peso dos impostos, Andrade disse que seguirá defendendo a reforma tributária como item importante da agenda da CNI. Mas explicou que a grande dificuldade é os empresários e os governos federal, estaduais e municipais enxergarem o que trará aumento de receita ou de carga fiscal, no futuro.
O presidente da CNI disse ainda que acatará a equipe econômica do novo governo, mas pretende ser firme e intransigente na defesa dos interesses do país.
Ele citou a redução de gastos fiscais como medida fundamental para que o Banco Central - que, a seu ver, deve ser independente, realmente, e ter autonomia" - também reduza os juros.
(Azelma Rodrigues | Valor)
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